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Por meio do Termo de Transferência de Serviços, assinado juntamente à Corsan na tarde desta terça-feira (1º), na Superintendência da Região Metropolitana (Surmet), em Cachoeirinha, a Ambiental Metrosul assumiu a coleta e tratamento de esgoto em nove municípios da Região Metropolitana de Porto Alegre pelos próximos 35 anos.
A assinatura oficializa o começo da operação assistida e formaliza a transferência dos serviços de saneamento e de estruturas como as mais de 120 estações de tratamento e bombeamento, que a partir de agora são de responsabilidade da empresa. Estiveram presentes os diretores da Ambiental Metrosul, Ângelo Mendes e Fábio Arruda; Representando a Corsan Alessandra Fagundes e Eden Soares, e André Borges e Alexandre Calvetti representando a Surmet.
Desde setembro, Corsan e Ambiental Metrosul trabalham na transferência operacional do sistema, etapa que seguirá até maio de 2021, quando a parceira assumirá a operação plena do esgotamento sanitário em Alvorada, Cachoeirinha, Canoas, Eldorado do Sul, Esteio, Gravataí, Guaíba, Sapucaia do Sul e Viamão.
Para o diretor-presidente da Ambiental Metrosul, Ângelo Mendes, estruturar e preparar a empresa para esse dia foi um grande aprendizado. “Desde que assinamos o contrato da PPP, no final de março, fomos desafiados diariamente. Superamos as barreiras impostas pela pandemia, e o apoio da Corsan foi muito importante desde nossa chegada”, salienta.
Os planos comercial, operacional e socioambiental estão aprovados e o plano de obras será entregue à Corsan no prazo previsto em contrato, além de garantidas todas as licenças exigidas. Nesse sentido, o diretor executivo Fábio Arruda destaca a mobilização e preparação das equipes, permitindo o cumprimento dos prazos para o início da operação assistida conforme previsto. “Nosso trabalho oficialmente passa a ser conhecido, mas ele vem sendo construído há alguns meses, com equipes em campo, em teletrabalho, todas as áreas participando intensa e conjuntamente. Agora é efetivar a atuação buscando oferecer, cada vez mais, serviços eficientes e de qualidade à população”, ressalta.
O funcionamento das principais estações de tratamento e bombeamento já está sendo monitorado pelo Centro de Controle Operacional. Sensores de nível e de movimento permitem uma atuação mais rápida da empresa em eventuais problemas no processo e as câmeras ajudam a identificar eventuais extravasamentos e fazem a segurança patrimonial evitando o furto de equipamentos e o vandalismo nas estações.
TECNOLOGIA DE PONTA NO LEVANTAMENTO DE ATIVOS
Para o início da operação, também foi necessário identificar, categorizar e avaliar as condições de todos os ativos que estão sendo transferidos pela Corsan à Ambiental Metrosul. Para isso, a empresa utilizou o que há de mais moderno em captura e processamento de imagens no mapeamento dos componentes (bombas, sopradores, painéis, entre outros). Com informações coletadas por drones e placas QR Code implantadas em cada dispositivo das mais de 120 estações de tratamento e bombeamento, foi criado um banco de dados que mostra onde está o ativo, de que tipo ele é, se está funcionando corretamente e qual a quantidade. A partir dessas informações foram gerados modelos tridimensionais de todas as instalações, que são facilmente acessadas pelos especialistas através de um aplicativo próprio.
RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Ainda, a Ambiental Metrosul incrementa a sua atuação desenvolvendo e implementando projetos socioambientais nas cidades onde atua. São iniciativas customizadas de acordo com a realidade e necessidades de cada comunidade que incluem cursos profissionalizantes nas áreas de eletromecânica e hidráulica; programas de educação e conscientização voltados à preservação do meio-ambiente, incentivo à pesquisa e voluntariado. O início dessas atividades está previsto para março próximo.
PARCERIA PÚBLICO-PRIVADA
Em até 11 anos, por meio da PPP, a Ambiental Metrosul vai expandir para mais de 87% o número de residências com a coleta e tratamento de esgoto na RMPA, beneficiando em torno de 1,7 milhão de pessoas. Atualmente, apenas 50.000 m³ são tratados e devolvidos ao ambiente diariamente, o que corresponde a 36% do volume total produzido.
Por meio de 36 estações de tratamentos (ETEs) e 96 estações de bombeamento (EBEs), todo o esgoto coletado pela empresa será tratado seguindo padrões nacionais na realização do processo antes de ser lançado nos rios Caí, Gravataí e Sinos. Além da prestação dos serviços de coleta e tratamento do esgoto, estão previstos, ainda, a gestão do parque de hidrômetros (instalação e substituição com a aquisição dos aparelhos) e identificação e eliminação de fraudes em água e esgoto.
O contrato da PPP foi firmado entre as partes em março deste ano após a Aegea Saneamento, holding a qual pertence a Ambiental Metrosul, vencer o leilão promovido pela Companhia Riograndense de Saneamento em novembro de 2019. Durante os 35 anos de operação estão previstos investimentos de R$ 1,77 bilhão, sendo R$ 1,4 bilhão da Aegea, dividido em R$ 1,03 bilhão para expansão do sistema de esgoto e R$ 374 milhões para ações comerciais e operacionais.