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Conhecido como “fumacê”, o método está sendo testado na área de atuação da Ambiental Metrosul e tem o objetivo de auxiliar na identificação de ligações indevidas das redes por onde escoa a água da chuva às redes de esgoto. Além de irregular, essa prática causa uma série de problemas ao sistema sanitário e ao meio ambiente.
A técnica consiste na aplicação de uma fumaça não tóxica nas entradas dos poços de visitas (também conhecidos como PVs ), estruturas que dão acesso às tubulações. Ao ser injetado, o produto percorre o caminho inverso ao do esgoto, apontando onde há ligação direta da rede pluvial à cloacal. Os testes já aconteceram em Gravataí, Viamão e Esteio, e a expectativa é de que, posteriormente, o fumacê seja integrado às vistorias periódicas realizadas pela empresa nos nove municípios atendidos pela PPP na Região Metropolitana de Porto Alegre.
“Esse procedimento vai contribuir para possamos agir preventivamente, evitando prejuízos ao sistema”, explica o Gerente de Operações da Ambiental Metrosul, Fernando Rettore. Ele ressalta, ainda, que “quando averiguada a irregularidade, o proprietário da residência será notificado e devidamente orientado a viabilizar a drenagem adequada da água da chuva.”
As tubulações das cidades são dimensionadas para receber somente os resíduos domésticos. Com o direcionamento indevido da água da chuva para o esgoto, as redes coletoras ficam sobrecarregadas. “Quando isso acontece, é grande o risco de rompimento das tubulações, podendo ocasionar mau cheiro, o retorno do esgoto para as residências e até o rompimento em vias públicas” destaca o gerente.
Além dos prejuízos ao sistema sanitário, as ligações clandestinas também afetam o meio ambiente, pois quando o esgoto é destinado à rede pluvial, é lançado diretamente nos mananciais, sem passar pelas estações de tratamento. Isso acarreta em poluição de rios, lagoas e mares, prejudicando, consequentemente, toda a população.